Crime da 113 Sul: no 6º dia de julgamento, testemunhas relembram passos de Adriana Villela no dia dos homicídios


Amigos afirmam que estiveram com acusada na data dos crimes. Defesa diz que depoimentos comprovam inocência; acusação alega que brechas indicam presença da ré na cena dos homicídios. Sexto dia de julgamento do "crime da 113 Sul" Reprodução/TV Globo Cinco testemunhas de defesa foram ouvidas no sexto dia de julgamento da arquiteta Adriana Villela, de 55 anos, neste sábado (28). O júri, que começou na segunda-feira (23), já dura mais de 60 horas. Ela é acusada de ser a mandante do assassinato do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; da mãe, Maria Villela; e da empregada da família, Francisca Nascimento. O caso ocorreu em 2009 e ficou conhecido como "crime da 113 Sul". Saiba como foi o 1º dia de julgamento Testemunhas são ouvidas no 2º dia de julgamento Júri suspenso no 3º dia de julgamento Adriana Villela chora no 4º dia de julgamento No 5º dia de julgamento, peritos discordam sobre laudo Duas das testemunhas convocadas para este sábado estiveram com Adriana Villela no dia do crime e recontaram os passos da acusada em 28 de agosto de 2009. Um dos depoimentos foi de Francisco das Chagas Leitão, amigo da ré desde a faculdade. Aos jurados ele contou que, na data do crime, passou a tarde com Adriana em um curso. Adriana Villela chega a tribunal em Brasília; julgamento é nesta segunda-feira (23) TV Globo/Reprodução Outra amiga da ré, Graziela Dias, disse que, à noite, Adriana foi até a casa onde ela morava para fazer um lanche. Para a defesa, os depoimentos desconstroem a tese da acusação, que coloca a acusada no apartamento dos pais durante os assassinatos. "Nós temos a prova milimétrica de onde, felizmente, a Adriana esteve naquele dia 28, desde o acordar até a noite", alega o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O Ministério Público, por sua vez, afirma que, entre os dois encontros com os amigos, Adriana teve uma janela de tempo. Por isso, a acusação reafirma a tese de que ela acompanhou a execução dos pais e da funcionária da família. "No final da tarde, existe uma janela grande e depois de 20h também existe uma janela bem grande. Então, a possibilidade de ela ter estado no horário do crime é tranquilamente possível", afirma o promotor Marcelo Leite. A expectativa inicial era de que nove pessoas seriam ouvidas neste sábado, mas a defesa dispensou duas testemunhas. O julgamento continua neste domingo (29). A expectativa é de que Adriana Villela preste depoimento na segunda-feira (30). Julgamento de Adriana Villela Reprodução/TV Globo O que disseram as testemunhas Francisco das Chagas Leitão, amigo de Adriana Villela Próximo da ré desde que os dois fizeram faculdade de arquitetura, Francisco disse que esteve com Adriana na tarde de 28 de agosto de 2009, dia dos assassinatos. Ele afirmou que os dois participaram de um curso, mas que não houve controle de presença. Graziela Ayres, amiga de Adriana Villela Segunda testemunha do dia, Graziela afirmou que também é próxima da acusada desde a época do crime e que, na data dos homicídios, também esteve com Adriana Villela. A testemunha disse que, naquele dia, a ré foi até a casa onde ela morava, na Vila Planalto, para um lanche. Livino Silva, ex-companheiro de Adriana Villela O terceiro depoimento do dia foi de Livino Silva, que teve um relacionamento amoroso com a acusada por quatro anos. Aos jurados, ele afirmou que Adriana tinha um convívio normal com os pais. "Relatei que parecia para mim uma relação normal de mãe com filho e que tinha momentos de conflito e momentos amorosos." Livino disse também que, quando os pais desapareceram, a ré relatou preocupação. Ele se emocionou ao falar do casal Villela, assim como Adriana. Ronei Alves, presidente de cooperativa Quarto a depor neste sábado (28), Ronei Alves é presidente de uma cooperativa de catadores de recicláveis e conheceu Adriana quando ela fez um projeto de mestrado no local. Durante o depoimento, ele afirmou que a acusada tem um "perfil bondoso". André Victor do Espírito Santo, delegado aposentado Última testemunha do dia, André chefiava o Departamento de Polícia Circunscricional à época das investigações. Ele afirmou que sempre teve dúvidas sobre as suspeitas lançadas sobre Adriana Villela. Afirmou ainda acreditar que o crime da "113 Sul" foi um latrocínio e que as acusações contra a ré são "muito injustas". Entenda o caso Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul Arquivo pessoal Adriana Villela, de 55 anos, é ré por triplo homicídio. No dia do crime, no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre de Brasília, foram assassinados: O pai dela, José Guilherme Villela, 73 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 38 facadas; A mãe dela, Maria Carvalho Mendes Villela, 69 anos, advogada, com 12 facadas; A empregada doméstica da família, Francisca Nascimento da Silva, 58 anos, com 23 facadas. Os corpos foram achados, já em estado de decomposição, em 31 de agosto de 2009, na Asa Sul. A perícia demonstrou que as vítimas foram assassinadas em 28 de agosto de 2009, por volta das 19h15. Adriana sempre negou todas as acusações. A defesa dela argumenta que o "processo é uma distorção psicológica feita pelo Ministério Público".O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, alega que uma "linha do tempo" feita pela defesa comprova todos os passos da acusada no dia do crime. Já o MP sempre disse ter convicção de que Adriana esteve na cena do crime e foi a mandante dos três assassinatos. Para a acusação, ela tinha desentendimentos com os pais por causa de dinheiro, e essa seria a motivação dos crimes. Em 2013, três homens foram condenados pela execução dos homicídios. Somadas, as penas de Leonardo Campos Alves, Paulo Cardoso Santana e Francisco Mairlon Barros Aguiar passam de 177 anos de prisão. Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.

Crime da 113 Sul: no 6º dia de julgamento, testemunhas relembram passos de Adriana Villela no dia dos homicídios Crime da 113 Sul: no 6º dia de julgamento, testemunhas relembram passos de Adriana Villela no dia dos homicídios Analisado por Blog em setembro 28, 2019 Classificação: 5

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