Cortes na Capes atingem 725 bolsas de pesquisa para pós-graduação no Rio Grande do Sul

Estado é o segundo com mais pesquisas descontinuadas. Corte prevê economia de R$ 4,7 milhões, conforme governo federal. Em 2019, já são mais de mil bolsas suspensas no RS. Sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em Brasília TV Globo/Reprodução O Rio Grande do Sul é o segundo estado com mais bolsas de pesquisa congeladas em 2019. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), das 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado descontinuadas no Brasil a partir deste mês, 725 são de instituições gaúchas. Apenas São Paulo teve corte superior ao RS. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) anunciou os cortes nesta segunda-feira (2). Para 2020, a entidade terá metade do Orçamento de 2019. Com a medida, a Capes deixará de repassar R$ 4.702.894,62 a bolsistas de universidades do RS. O valor é referente a bolsas que ficariam ociosas neste período, ou seja, que não serão repassadas a novos estudantes. “Queremos preservar o pagamento dos todos bolsistas que já recebem o benefício”, afirmou Anderson Correia, presidente da CAPES. Somados os três estados, a Região Sul corresponde a 1.407 bolsas de estudo a menos. Com isso, cerca de R$ 9,09 milhões deixam de ser investidos em cursos de pós-graduação no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. 10 estados com mais bolsas congeladas: Este já é o terceiro contingenciamento anunciado pelo governo federal no ano. No primeiro anúncio, em 9 de maio, a Capes comunicou o bloqueio de 3.474 bolsas no país. No RS, foram pelo menos 218. Depois, em 4 de junho, informou que deixaria de oferecer 2,7 mil bolsas, sendo que esse número foi aplicado em cursos com conceito nota 3. Mais uma vez, o estado foi atingido, e perdeu mais 104 bolsas. Considerando todos os anúncios feitos até agora, o total de bolsas que deixam de ser oferecidas em 2019 chega a 11.811. Só nas universidades gaúchas são 1.047 pesquisas a menos a partir deste ano.