Especialistas na região conversam sobre os efeitos das queimadas na floresta. Márcio de Souza, Larry Rohter e Sérgio Abranches debatem sobre a Amazônia na Bienal Carlos Brito / G1 Rio Os desmatamentos que atingem a Amazônia, e que têm causado preocupação mundial, não passaram despercebidos pela edição 2019. Na tarde desta quinta-feira (5), o escritor manauara Márcio de Souza, o jornalista norte-americano Larry Rohter e o sociólogo, cientista político e comentarista da rádio CBN Sérgio Abranches trataram do tema no Café Literário. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no último ano, 5.671 quilômetros quadrados de mata amazônica foram destruídos por conta de queimadas. “É quase impossível uma queimada de grandes proporções começar de maneira natural. Nas raras vezes em que isso acontece, é necessário um fenômeno muito abrupto, como o raio de uma tempestade. É evidente que todas essas queimadas que atingem a Amazônia são fruto de ação humana, de empresários que desmatam a região por lucro e não se importam com as consequências”, avaliou Abranches. Para Souza, o prejuízo causado pelo desmatamento da floresta vai muito além dós malefícios causados ao meio-ambiente. Possibilidades de pesquisa científicas dos recursos encontrados na floresta ficam inviáveis. “Já pararam para pensar em todas as possibilidades de pesquisas que poderiam ser feitas naquelas áreas desmatadas? É possível que plantas e ervas que poderiam se transformar em remédios para doenças ainda sem cura tenham sido destruídos. Incendiar matas põe em risco uma parte do futuro”. Autor da biografia do Marechal Rondon, Rohter fez críticas ao governo federal por minimizar a importância a preservação da Amazônia. “Governos anteriores, de direita, centro e esquerda, sempre tiveram consciência da importância e dos problemas que sua destruição podem acarretar. Pela primeira vez, este país é administrado por pessoas que parecem considerar esse um assunto menor”. 'É quase impossível uma queimada de grandes proporções começar de maneira natural', disse Abranches. Carlos Brito / G1 Rio
Bienal do Rio promove debate sobre a Amazônia
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setembro 05, 2019
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