Júri da Kiss: 7º dia tem depoimentos de técnico da banda, arquiteta indicada pelo MP-RS e chefe dos bombeiros


Venâncio da Silva Anschau, testemunha da defesa de Marcelo de Jesus, Nivia da Silva Braido, arquiteta indicada pelo Ministério Público, e Gerson da Rosa Pereira, arrolado pela defesa de Elissandro Spohr, serão ouvidos a partir das 9h desta terça (7). Foro Central de Porto Alegre com cartazes e faixas de familiares em homenagem a vítimas da boate Kiss Juliano Verardi / IMPRENSA TJRS O júri da boate Kiss chega nesta terça-feira (7) ao sétimo dia de depoimentos no Foro Central I, em Porto Alegre. Ao menos três pessoas devem ser ouvidas, sendo duas das defesas de Elissandro Spohr e Marcelo de Jesus, e uma indicada pelo Ministério Público. AO VIVO: Acompanhe julgamento dos réus no caso Kiss Devem ser ouvidos, a partir das 9h, Venâncio da Silva Anschau, testemunha da defesa de Marcelo, Nivia da Silva Braido, arquiteta indicada pelo Ministério Público, e Gerson da Rosa Pereira, arrolado pela defesa de Elissandro Spohr. Venâncio é ex-operador de áudio da banda Gurizada Fandangueira e também estava no incêndio. Ele deve referendar o depoimento de Márcio, ex-percussionista e irmão de Marcelo, que depôs nesta segunda. Irmão de réu e ex-integrante da banda chora no júri da Kiss: 'nós não quisemos matar ninguém' Já Nivia da Silva Braido foi ouvida ao longo do processo, pois foi consultada informalmente por Elissandro Spohr para fazer mudanças estéticas na casa noturna em 2012, como alterações na cor e no formato do gesso. Porém, a arquiteta acabou não sendo contratada para fazer as mudanças e afirmou que não havia supervisor técnico para as reformas. Por fim, Gerson da Rosa Pereira, indicado pela defesa de Kiko, era chefe do 4º Comando Regional dos Bombeiros de Santa Maria. Ele chegou a ser condenado, em 2015, a seis meses de detenção por fraude processual, mas teve a pena convertida em prestação de serviços comunitários e recorreu em liberdade da decisão. Segundo a denúncia do MP da época, nos dias seguintes à tragédia, Gerson e o sargento Renan Severo Berleze inseriram, no arquivo da boate no Corpo de Bombeiros, documentos que não faziam parte do plano de prevenção contra incêndio da casa noturna. A defesa de Mauro Hoffmann desistiu da testemunha Sandro Cidade, reduzindo para um total de 28 oitivas. O que disseram os sobreviventes Kátia: 'comecei a gritar que não queria morrer', diz ex-funcionária que teve corpo queimado Kelen: 'última vez que corri foi para tentar me salvar', diz sobrevivente que teve perna amputada Emanuel: 'não soou alarme', conta sobrevivente especialista em prevenção de incêndio Jéssica: 'vi quando pegou a faísca', conta sobrevivente que perdeu irmão Lucas: 'eu desmaiei, fui muito pisoteado', diz DJ da boate Érico: 'ajudei até o final', conta barman que ajudou no socorro às vítimas Maike: 'parecia que estava respirando fogo' Cristiane: 'aquilo era um filme de terror' Delvani: 'fui caindo e me despedindo da minha família' Doralina: 'lembro de muito grito, muita confusão', diz ex-segurança Willian Renato: 'Ele queria voltar', diz sobrinho sobre Kiko Spohr Nathália: 'fiquei preocupada com a gravidez', relata esposa de Kiko sobre incêndio Na quarta (8) estão previstos quatro depoimentos, incluindo o ex-prefeito Cezar Schirmer. O que disseram as testemunhas Engenheiro diz que sugestão de sócio para instalar espuma acústica era 'leiga e ignorante' 'Artefatos não podem ser usados em ambiente fechado', diz gerente de loja Juiz transforma testemunha em informante após filha postar 'apodreçam na cadeia' 'Ele sofre por isso', diz ex-patrão de vocalista da banda ouvido em audiência 'Não era de costume informar as casas', diz testemunha de defesa sobre o uso de fogos nos shows Testemunha é convertida em informante por responder a processo por falsidade ideológica ligado à boate Promotor de eventos: 'Alguma coisa me tirou de lá' Irmão do vocalista da banda: 'nós não quisemos matar ninguém' Quem são os réus? Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, 38 anos, era um dos sócios da boate Mauro Lodeiro Hoffmann, 56 anos, era outro sócio da Boate Kiss Marcelo de Jesus dos Santos, 41 anos, músico da banda Gurizada Fandangueira Luciano Augusto Bonilha Leão, 44 anos, era produtor musical e auxiliar de palco da banda Entenda o caso Os quatro réus são julgados por 242 homicídios consumados e 636 tentativas (artigo 21 do Código Penal). Na denúncia, o Ministério Público havia incluído duas qualificadoras — por motivo torpe e com emprego de fogo —, que aumentariam a pena. Porém, a Justiça retirou essas qualificadoras e converteu para homicídios simples. Para o MP-RS, Kiko e Mauro são responsáveis pelos crimes e assumiram o risco de matar por terem usado "em paredes e no teto da boate espuma altamente inflamável e sem indicação técnica de uso, contratando o show descrito, que sabiam incluir exibições com fogos de artifício, mantendo a casa noturna superlotada, sem condições de evacuação e segurança contra fatos dessa natureza, bem como equipe de funcionários sem treinamento obrigatório, além de prévia e genericamente ordenarem aos seguranças que impedissem a saída de pessoas do recinto sem pagamento das despesas de consumo na boate". Já Marcelo e Luciano foram apontados como responsáveis porque "adquiriram e acionaram fogos de artifício (...), que sabiam se destinar a uso em ambientes externos, e direcionaram este último, aceso, para o teto da boate, que distava poucos centímetros do artefato, dando início à queima do revestimento inflamável e saindo do local sem alertar o público sobre o fogo e a necessidade de evacuação, mesmo podendo fazê-lo, já que tinham acesso fácil ao sistema de som da boate". VÍDEOS: Caso Kiss

Júri da Kiss: 7º dia tem depoimentos de técnico da banda, arquiteta indicada pelo MP-RS e chefe dos bombeiros Júri da Kiss: 7º dia tem depoimentos de técnico da banda, arquiteta indicada pelo MP-RS e chefe dos bombeiros Analisado por Blog em dezembro 06, 2021 Classificação: 5

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