Júri da Kiss: 3º dia tem depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa


Sobrevivente Érico Paulus ainda deve ser ouvido nesta sexta (3), após preferência a três testemunhas. Engenheiro Miguel Pedroso foi primeira testemunha a ser ouvida no júri da Kiss, na quinta (2) Juliano Verardi/Imprensa TJ-RS O julgamento do incêndio da boate Kiss deve ouvir mais três testemunhas nesta sexta-feira (3), no Foro Central de Porto Alegre. Depois do engenheiro Miguel Ângelo Teixeira Pedroso, que falou na quinta que teria desaconselhado o uso da espuma isolante na casa noturna, serão ouvidos Daniel Rodrigues da Silva e Gianderson Machado da Silva, a pedido do Ministério Público, e Pedrinho Antônio Bortoluzzi, solicitado pela advogada de Marcelo de Jesus, Tatiana Borsa. AO VIVO: Acompanhe julgamento dos réus no caso Kiss As testemunhas de acusação pediram preferência e devem ser inquiridas pela manhã. Depois, à tarde, a testemunha de defesa deve ser questionada. Por fim, ainda participará o sobrevivente Érico Paulus Garcia, que deve ser entrevistado no período da noite. Reveja os depoimentos dos sobreviventes: Kátia: 'comecei a gritar que não queria morrer', diz ex-funcionária que teve corpo queimado Kelen: 'última vez que corri foi para tentar me salvar', diz sobrevivente que teve perna amputada Emanuel: 'não soou alarme, não teve iluminação', conta sobrevivente especialista em prevenção de incêndio Jéssica: 'vi quando pegou a faísca', conta sobrevivente que perdeu irmão Lucas: 'eu desmaiei, fui muito pisoteado' Jéssica Montardo Rosado, de 33 anos, sobrevivente do incêndio na boate Kiss Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul/Divulgação Os sobreviventes Emanuel Pastl e Jéssica Montardo Rosado depuseram pela manhã na quinta-feira. Emanuel, que é filho de bombeiro e especialista em prevenção de incêndios, citou elementos técnicos que, segundo ele, falharam na noite da tragédia. Já Jéssica contou sobre a perda do irmão, que, conforme testemunhas, teria morrido após inalar fumaça tóxica ao tentar salvar outras pessoas. O DJ Lucas Cauduro Peranzoni chorou muito ao ver vídeo do incêndio na Kiss. O sobrevivente ainda relatou que que boate usava baldes de espumante com artefatos piroténicos em apresentações. Engenheiro Miguel Ângelo Teixeira Pedroso depõe como testemunha Gabriela Clemente/g1 Sugestão para instalar espuma acústica era 'leiga e ignorante' Depois deles, o engenheiro Miguel Ângelo Teixeira Pedroso foi a primeira testemunha a depor no tribunal. Ele foi contratado para um projeto na casa noturna e afirmou que teria desaconselhado o uso da espuma isolante. O engenheiro contou que um dos sócios da Kiss, Elissandro Spohr, fez o pedido. "Só um leigo e ignorante na área poderia achar que espuma fosse conveniente dentro de uma boate", disse Pedroso. LEIA TAMBÉM: Réu do caso Kiss passa mal antes do julgamento Júri da Kiss: Entenda o julgamento do incêndio na boate do RS Quem são os réus, quais são as acusações e o que dizem as defesas' Nesta etapa do julgamento, 14 sobreviventes são questionados pelo juiz, pelo Ministério Público, pelo assistente de acusação e pelos defensores dos réus, nessa ordem. Os outros sete devem ser ouvidos nos dias seguintes. Quem são os réus? Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, 38 anos, era um dos sócios da boate Mauro Lodeiro Hoffmann, 56 anos, era outro sócio da Boate Kiss Marcelo de Jesus dos Santos, 41 anos, músico da banda Gurizada Fandangueira Luciano Augusto Bonilha Leão, 44 anos, era produtor musical e auxiliar de palco da banda Entenda o caso Os quatro réus são julgados por 242 homicídios consumados e 636 tentativas (artigo 21 do Código Penal). Na denúncia, o Ministério Público havia incluído duas qualificadoras — por motivo torpe e com emprego de fogo —, que aumentariam a pena. Porém, a Justiça retirou essas qualificadoras e converteu para homicídios simples. Para o MP-RS, Kiko e Mauro são responsáveis pelos crimes e assumiram o risco de matar por terem usado "em paredes e no teto da boate espuma altamente inflamável e sem indicação técnica de uso, contratando o show descrito, que sabiam incluir exibições com fogos de artifício, mantendo a casa noturna superlotada, sem condições de evacuação e segurança contra fatos dessa natureza, bem como equipe de funcionários sem treinamento obrigatório, além de prévia e genericamente ordenarem aos seguranças que impedissem a saída de pessoas do recinto sem pagamento das despesas de consumo na boate". Já Marcelo e Luciano foram apontados como responsáveis porque "adquiriram e acionaram fogos de artifício (...), que sabiam se destinar a uso em ambientes externos, e direcionaram este último, aceso, para o teto da boate, que distava poucos centímetros do artefato, dando início à queima do revestimento inflamável e saindo do local sem alertar o público sobre o fogo e a necessidade de evacuação, mesmo podendo fazê-lo, já que tinham acesso fácil ao sistema de som da boate". VÍDEO: Tudo sobre o RS

Júri da Kiss: 3º dia tem depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa Júri da Kiss: 3º dia tem depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa Analisado por Blog em dezembro 02, 2021 Classificação: 5

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.