Vistoria orientou sobre a venda de cervejas da Backer, empresa investigada pela Polícia Civil. Divinópolis, Arcos, Itaúna e Pompéu divulgaram casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol. Vigilância Sanitária fiscalizou os estabelecimentos de Divinópolis Prefeitura de Divinópolis/Divulgação A Vigilância Sanitária fiscalizou 69 estabelecimentos que comercializam cerveja em Divinópolis, conforme o balanço apresentado pela Prefeitura nesta quarta-feira (15). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), foram 17 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol registrados até o momento. Divinópolis, Arcos, Itaúna e Pompéu divulgaram casos suspeitos da doença. Até o momento, os casos das cidades do Centro-Oeste ainda não tiveram as investigações confirmadas pela SES-MG e Polícia Civil. Fiscalização O objetivo da fiscalização em Divinópolis é orientar os comerciantes sobre a venda das cervejas Belorizontina, fabricada pela empresa Backer que está sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. Os trabalhos que começaram na segunda-feira (13) devem ocorrer até o fim da semana, segundo a Vigilância. Conforme o balanço divulgado pela Prefeitura, 32 comércios foram fiscalizados na segunda-feira. Em três foram encontrados a Belorizontina. Contudo, as cervejas não pertencem aos lotes suspeitos. Apesar disso, os comerciantes foram orientados a não vender os produtos, por precaução. Nesta terça-feira (14), foram 37 comércios fiscalizados e nenhum com os lotes suspeitos. Na cidade, três casos suspeitos da síndrome nefroneural estão sendo acompanhados pela Vigilância em Saúde. Casos suspeitos no Centro-Oeste Arcos Em Arcos, a Vigilância Sanitária também está fazendo uma ação de orientação nos comércios, segundo a Prefeitura informou ao G1. O comerciante Marcelo Leão da Silva disse para a TV Integração que optou por retirar a cervejas das prateleiras - mesmo as garrafas não sendo dos lotes investigados. "Por precaução achei melhor tirar. E também agora as vendas não iriam sair por causa de todo esse problema. Tinha umas 12 garrafas aqui da Belorizontina", comentou Marcelo. Na cidade, dois casos suspeitos da síndrome estão sendo investigados. Um jovem de 19 anos e um homem de 33 anos, ambos foram atendidos na Santa Casa do município. A notificação dos casos suspeitos foi feita pelo hospital à Secretaria de Saúde. Morador de Arcos que passou mal após consumir cerveja ainda tem garrafas da bebida De acordo com a responsável técnica da Santa Casa, Ângela Margarete, o jovem de 19 anos é de Ouro Preto e estava em Capitólio onde ingeriu a bebida entre os dias 4 e 7 de janeiro. Ele apresentou febre e diarreia. O paciente foi atendido e liberado no dia 10 de janeiro, em bom estado de saúde. O caso dele foi informado ao Estado na semana passada. Itaúna Em Itaúna, a Secretaria de Saúde informou que um casal deu entrada nesta terça (14) no Hospital Manoel Gonçalves, apresentando os mesmos sintomas da síndrome nefroneural. Eles teriam consumido a cerveja na última quinta-feira (9). Confira a íntegra da nota enviada pela assessoria da Prefeitura no fim da tarde desta quarta. "A Prefeitura de Itaúna, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, continua acompanhando junto ao Hospital Manoel Gonçalves a situação do casal que procurou o Pronto Socorro na terça-feira, 14, após consumo da cerveja Belorizontina na semana passada. A bebida ingerida está entre os lotes suspeitos de contaminação e que tem gerado a Síndrome Nefroneural em diversas pessoas no Estado. Ambos foram avaliados quanto à possíveis sintomas conforme orientações da Nota Técnica nº 1/COES-MG. Anteriormente, havia sido descartada qualquer intoxicação exógena por Dietilenoglicol em relação ao homem. Porém, por precaução, e da mesma forma que fizeram em relação à mulher, decidiu-se pela coleta de exames de ambos e envio à Fundação Ezequiel Dias, em BH, para averiguação". Pompéu Uma morte com suspeita de ter sido causada pela síndrome nefroneural está sendo investigada em Pompéu. A informação foi confirmada nesta terça-feira, pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade que informou ter notificado a Secretaria de Estado de Saúde. A paciente é uma idosa de 60 anos, que morreu no dia 28 de dezembro de 2019. Ao G1 familiares da vítima, que não quiseram ser identificados, relataram que antes do óbito, a idosa esteve em viagem a Belo Horizonte no período de 15 a 21 de dezembro onde consumiu a cerveja Belorizontina. Procon As pessoas que consumiram cervejas da Backer dos lotes 1348 (L1 e L2) e 1354 (L2), que apresentaram amostras contaminadas com a substância tóxica dietilenoglicol, têm direito à indenização, de acordo com o Procon de Minas Gerais. “A pessoa que consumiu os lotes contaminados e teve um problema de saúde, a indenização, ela é proporcional ao problema de saúde que ela teve. A pessoa que consumiu e não teve problema de saúde, em tese, ela tem direito a uma indenização por dano moral por ter sido exposta a um risco a sua saúde a sua segurança”, disse o coordenador do Procon, Amauri Artimos da Matta. Casos atualizados Na noite desta quarta, a SES-MG publicou uma nova atualização sobre os casos suspeitos. Foram notificados 17 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol. Desses, 16 pessoas são do sexo masculino e uma do feminino; quatro casos foram confirmados. Os 13 restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais e sintomas com relato de exposição. Conforme o município de residência do paciente, 12 casos são de Belo Horizonte e os demais 5 casos contabilizam registros em Ubá, Viçosa, São Lourenço, Nova Lima e São João Del Rei. A primeira morte confirmada pela doença foi de Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, que morava em Ubá e foi internado em Juiz de Fora no dia 31 de dezembro. Ele morreu no último dia 7. Uma segunda morte supostamente relacionada à doença foi confirmada na manhã desta quarta e está entre os 13 que estão em investigação. A vítima estava internada em Belo Horizonte e a confirmação sobre a causa da morte só será possível após a conclusão do laudo. Entenda o caso O caso veio à tona no dia 6 de janeiro após circularem informações nas redes sociais de que pessoas de uma mesma família estariam hospitalizadas, em estado grave, com sintomas de uma doença ainda desconhecida. Uma amiga da família do paciente que morreu disse ao G1 que não há a confirmação de que ele tenha tomado a cerveja. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte recolheu alimentos para análise. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte de um homem vítima da síndrome desconhecida em Minas Gerais. Outras sete pessoas continuam internadas em hospitais particulares de Belo Horizonte e Nova Lima, na Grande BH. Agentes estiveram na cervejaria Backer, no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste da capital, na quinta-feira (9). De acordo com fontes ligadas à investigação, o motivo seria apurar casos suspeitos de uma doença desconhecida que estão acontecendo na capital mineira. Garrafas foram recolhidas e serão comparadas com as fornecidas por famílias de pacientes. Ministério da Agricultura identifica sete lotes de cervejas da Backer contaminados por dietilenoglicol Divulgação/Ministério da Agricultura Novidades O Ministério da Agricultura informou que a auditoria feita na fábrica da cervejaria Backer, nesta quarta-feira, constatou que havia água contaminada com dietilenoglicol em uma etapa anterior ao tanque de fermentação – onde a substância já tinha sido detectada. De acordo com o Ministério, a água gelada que resfria o mosto (mistura inicial de ingredientes) também tinha traços da substância tóxica. Essa água, depois de resfriar o produto, também passa a compor a cerveja, porque é despejada em um novo tanque de mosto. A investigação considera três hipóteses para a contaminação: sabotagem, vazamento ou o uso incorreto da substância para resfriar a produção. Polícia apura relação de internações e mortes com consumo de cerveja contaminada.
Vigilância Sanitária de Divinópolis fiscaliza cerca de 70 lojas que comercializam cerveja
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janeiro 15, 2020
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