Pacientes do CAPS de Sorocaba fazem protesto por paralisação de funcionários

Médicos e funcionários estariam em greve por falta de pagamento. Pacientes do CAPS de Sorocaba fazem protesto por falta de médicos Reprodução/TV TEM Pacientes que fazem acompanhamento em dois CAPS de Sorocaba (SP), os Centros de Atenção Psicossocial, fizeram um protesto nesta quinta-feira (16). O motivo do protesto foi por causa da paralisação das atividades de médicos e funcionários por falta de pagamento da empresa que administra as unidades. Carlos Eduardo Hidalgo foi diagnosticado com esquizofrenia há mais de 20 anos e faz tratamento no CAPS. Recentemente, após uma crise, foi encaminhado para atendimento, mas não conseguiu. "Me mandaram vir aqui pela manhã, mas não havia médico pra me atender. Eu fico de mãos atadas, não sei o que faço", conta. Pacientes do CAPS de Sorocaba fazem protesto por paralisação de funcionários Já a dona de casa Lúcia Maria Marcolino luta contra a depressão e sofre com crises de epilepsia, por isso, precisa tomar 12 comprimidos por dia. No entanto, não tem conseguido pegar os medicamentos, que antes eram fornecidos no CAPS. "Devo gastar mais ou menos R$200 por mês com os remédios, fora as consultas que vou ter que pagar particular", explica. O serviço é de responsabilidade da prefeitura, que contratou uma empresa, a AGPG, para administrar as unidades. Os contratos venceram e o órgão municipal abriu uma licitação. Mas, até agora, nenhuma solução foi encontrada. Em outubro de 2019, o TEM Notícias mostrou que os médicos e funcionários estavam em greve. Na época, a prefeitura apenas repassava dinheiro para a empresa depois de uma prestação de contas e com autorização da Justiça. Médicos do CAPS de Sorocaba estão em greve desde 2019 Reprodução/TV TEM Para pagar os salários atrasados, foram bloqueados R$285 mil das contas da prefeitura. O sindicato repassou o dinheiro, que não foi suficiente para pagar todas as dívidas. O pagamento ainda não foi normalizado. O presidente do Sindicato dos Médicos disse que não foi informado sobre a paralisação e que seis médicos estão em greve. Informou ainda que o último pagamento da APGP foi em setembro do ano passado. Segundo a Prefeitura de Sorocaba, os contratos com a associação já venceram e o edital para escolha de uma nova empresa foi suspenso pela justiça. Até que a situação se resolva, o pagamento será feito por meio de processo indenizatório e para isso é obrigatória a apresentação de alguns documentos. A APGP disse à TV TEM que como os pagamentos da Prefeitura estão sendo feitos em atraso, a empresa não consegue manter os salários dos médicos em dia. Veja mais notícias da região no G1 Sorocaba e Jundiaí