Quadrilha que agia na região seria liderada por libaneses e chegou a ser associada ao Hezbollah. Materiais apreendidos pela PF durante a Operação Beirute Divulgação / Setor de Comunicação Social da PF Dez pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa lideradas por libaneses que agia na região de Piracicaba (SP) foram condenadas por tráfico internacional de drogas, com penas que variam de 5 a 37 anos de prisão, além do pagamento de multa e perdimento de seus bens. Durante as investigações, o grupo chegou a ser associado ao Hezbollah. A sentença é da juíza federal Daniela Paulovich de Lima, da 1ª Vara Federal de Piracicaba. As condenações ocorreram na chamada Operação Beirute, deflagrada pela Polícia Federal em 2014, quando foram realizadas três apreensões de cocaína, totalizando 1,5 tonelada da droga. Somente em uma das ações, em 8 de julho de 2014, em Ipeúna (SP), foram apreendidos 1.180 quilos de cocaína escondidos em uma carga de pisos que teria como destino a Europa. Foi a maior apreensão da droga naquele ano em todo Brasil. Operação Beirute da Polícia Federal prende narcotraficantes libaneses Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o grupo possuía estrutura e divisão de tarefas, com funções de planejamento e coordenação. Seu modo de operação consistia em ocultar a droga (cocaína) em carregamentos de mercadoria lícita (pisos cerâmicos) destinados à exportação. Os carregamentos eram inicialmente preparados em Rio Claro (SP), mas após a primeira apreensão tiveram a base de operações alterada para outros locais. Durante as investigações ficou evidente, também, a transnacionalidade da organização, com contatos na Colômbia, Bolívia, Paraguai, Líbano e África. Ao todo, 17 pessoas foram denunciadas pelo MPF. “As medidas cautelares decretadas por este Juízo encontraram fundamento em razoáveis indícios do envolvimento dos denunciados, além de outros não identificados, em fatos extremamente deletérios à sociedade com repercussões em diversos estados da federação e países”, afirma Daniela Paulovich na decisão. Quanto à materialidade dos crimes de tráfico interestadual e transnacional de drogas, ela diz que ficou ”cabalmente consubstanciada nos autos de apreensão”, bem como da autoria cometida pelos réus que por fim foram condenados. Diante das provas constantes nos autos, a juíza julgou parcialmente procedente as denúncias, condenando dez acusados e absolvendo outros cinco (dois réus respondem às acusações em processos distintos). Cerca de 1,1 tonelada de cocaína apreendida em 2014, em Ipeúna, durante a Operação Beirute Valter Martins/Piracicaba em Alerta Liderada por libaneses Em uma das fases da operação, em dezembro de 2014, 11 pessoas foram presas. À época, a Polícia Federal informou que a organização de narcotraficantes era liderada por libaneses residentes no Brasil. Ainda conforme informações divulgadas pela PF na ocasião, a cocaína era comprada na Bolívia e remetida para o interior de São Paulo, onde era escondida em meio a produtos exportados para países africanos, europeus e do Oriente Médio. A droga saía do Brasil por meio dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Suposta ligação com Hezbollah Já em dezembro de 2015, a Polícia Federal viu indícios de ligações dos narcotraficantes com o grupo libanês Hezbollah. À época, a Justiça Federal de Piracicaba também confirmou que havia uma investigação da PF e do Drug Enforcement Administration (DEA) sobre a possível conexão. Veja mais notícias da região no G1 Piracicaba
Operação Beirute: Justiça Federal de Piracicaba condena dez por tráfico internacional de drogas
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janeiro 20, 2020
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