Falta de água atinge cidades do litoral catarinense


Moradores de Penha e São Francisco do Sul relatam problemas. Casan pede que população economize água na Grande Florianópolis até 6 de janeiro. Moradores do Litoral Norte registram falta d’água na região Moradores de cidades do litoral catarinense relataram problemas de falta d'água. Em Penha, no Litoral Norte, há quem esteja há quase uma semana sem água. Em São Francisco do Sul, no Norte do estado, a população também sofre com o desabastecimento. Na Grande Florianópolis, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) pede que as pessoas economizem até 6 de janeiro. Penha A moradora de Penha Otília Pinheiro armazenou em bacias, do lado de fora da casa, o pouco de água que conseguiu e que chegou na rede de terça-feira (31) para quarta (1º). “Desconforto para mim, como para toda a população, uma falta de respeito. Não tem respeito com a gente. Está aqui a minha conta, está em dia”, disse Otília. Mas há quase uma semana a situação dela e de outros moradores de Penha é de total falta de água. A água que abastece o município vem de Balneário Piçarras, também no Litoral Norte, da Casan. A administração é feita pela concessionária Águas de Penha, que compra e distribui a água na cidade. Mas a demanda sobe na alta temporada, quando a cidade, que tem 33 mil habitantes, chega a receber 150 mil pessoas. Falta de água em Penha Luiz Souza/NSC TV O prefeito da cidade disse numa rede social na última segunda (30) que o contrato com a concessionária existe desde 2015, quando ela venceu uma licitação pelo período de 35 anos para o abastecimento de água esgoto na cidade. Segundo o prefeito, já foram feitas diversas tentativas de reparto ação do contrato para a melhoria dos serviços, mas nada saiu do papel. A concessionária já reativou posroa e construiu um reservatório...mas o problema continua. A concessionária Águas de Penha enviou uma nota (confira a íntegra abaixo) dizendo que ao longo de 2019, esteve em constante contato com o poder público, se oferecendo a todo momento para solucionar as demandas necessárias para que Penha tenha um sistema próprio de abastecimento, já que a água que vem da Casan de Balneário Piçarras não é suficiente. Reconheceu que os investimentos de SEIS milhões de reais em 2019 apenas amenizaram o problema do desabastecimento nesta época e reforçou que neste ano de 2020, segue à disposição para resolver o problema na cidade de Penha. A falta de água não afeta só o município de Penha. o nível do rio Camboriú, que abastece as cidades de Camboriú e de Balneário Camboriú, está muito baixo. com alto consumo dos últimos dias, e a falta de chuva, a captação pode ser prejudicada. Por isso na terça diversos chuveiros da Praia Central de Balneário Camboriú foram fechados e a orientação é economizar água. Norte Em São Francisco do Sul, moradores e turistas também estão enfrentando problemas. O fim de ano da família da moradora Janete Olinda foi assim: há dois dias com o abastecimento de água comprometido, as torneiras estão vazias e louça se acumulando. População de São Francisco do Sul enfrenta falta d’água “Não deu para lavar a louça do almoço, não deu para tomar banho. Então a gente está esperando que de hoje [quarta] para amanhã [quinta], à noite, normalize" disse Janete. Ela mora há 22 anos em São Francisco do Sul e disse que já está acostumada com a situação. A população atual de São Francisco do Sul é de 55 mil pessoas. Porém, durante a temporada de fim de ano, a cidade recebe cerca de 200 mil visitantes. Ou seja, é cinco vezes mais gente consumindo água. Os bairros mais afetados são os mais procurados pelos turistas. A Companhia Águas de São Francisco do Sul afirma que a principal causa da falta d'água é a estiagem. E pede aos moradores e turistas que façam o uso consciente. A previsão é de que com a volta da chuva, ainda hoje à noite o abastecimento seja restabelecido. Grande Florianópolis O superintendente regional da Casan, alertou nesta quarta para uso consciente da água até 6 de janeiro na Grande Florianópolis. Segundo ele, nesse período, a população de algumas cidades chega a triplicar. Casan pede que população economize água na Grande Florianópolis Não há registros de grandes problemas no abastecimento, afirmou o superintendente, apenas algumas intermitências. As altas temperaturas e os 15 dias sem chuvas também foram apontados como problemas que podem causar dificuldades no fornecimento de água durante os primeiros dias do ano. Íntegra da nota Confira abaixo a íntegra da nota da concessionária Águas de Penha. A concessionária Águas de Penha foi contratada para equipar o município com um sistema independente de água e de tratamento de esgoto. O contrato prevê que a responsabilidade pela identificação e pagamento pela área de Estação de Tratamento de Água (ETA) para a construção da estrutura são de responsabilidade da prefeitura. O município, no entanto, pretende repassar estas responsabilidades à concessionária e já encaminhou pedido à ARIS (agência reguladora), o que demanda um aditivo ao contrato para modificar as obrigações originais. Paralelamente, a Prefeitura de Penha ainda precisa obter a autorização de três municípios vizinhos (Luis Alves, Balneário Piçarras e Navegantes) para passar a adutora que trará água do Rio Luis Alves até a ETA. Faltam ainda estas autorizações e a Águas de Penha se coloca à inteira disposição do poder público, em conjunto com a sociedade civil organizada e a Câmara de Vereadores, para buscar estas autorizações junto às cidades. O objetivo da concessionária é resolver definitivamente o problema da falta de água em Penha, assim como o grupo AEGEA fez na cidade de Bombinhas, onde o poder público se mobilizou para obteve junto às outras prefeituras todas as autorizações necessárias para dotar a cidade de um sistema próprio de abastecimento. Até que sejam assinadas as autorizações por parte do município, não há outra solução à concessionária senão comprar água da Casan de Balneário Piçarras para o abastecimento de Penha. A Casan se dispõe a fornecer 66 litros por segundo na baixa temporada (suficientes para atender ao volume de 38 mil habitantes que a cidade possui) e 80 litros por segundo no mês de janeiro (que atende aproximadamente 48 mil pessoas). No momento, de acordo com a estimativa da Polícia Militar, Penha está com cerca de 150 mil pessoas, entre moradores e veranistas. Além disso, no mês de dezembro, o fornecimento da Casan para a cidade de Penha apresentou diversas oscilações, chegando a ser enviado uma vazão inferior a 30 litros por segundo, ou seja, bem abaixo do que é fornecido na baixa temporada. As oscilações no fornecimento por parte da Casan prejudicam as pressões do sistema e desorganiza a programação da concessionária. Os investimentos de R$ 6 milhões realizados pela Águas de Penha ao longo de 2019, como a ativação de 4 poços artesianos e a construção do reservatório para 2 milhões de litros de água apenas amenizam o problema do desabastecimento em Penha nesta época do ano. E de fato amenizaram, visto que no verão passado, o volume de registros de desabastecimento era bem superior nesta mesma época. Ao longo de 2019, a concessionária esteve em constante contato com o poder público, se oferecendo a todo momento para solucionar as demandas necessárias para dotar Penha de um sistema próprio de abastecimento. Em 2020, a empresa segue à disposição para apoiar o município nas liberações de licenças visando resolver o problema da cidade. Veja mais notícias do estado no G1 SC

Falta de água atinge cidades do litoral catarinense Falta de água atinge cidades do litoral catarinense Analisado por Blog em janeiro 01, 2020 Classificação: 5

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