Segundo o IBGE, mais de 19 milhões de pessoas trabalham por conta própria sem CNPJ. Falta de oportunidade faz desempregados do Alto Tietê migrarem para a informalidade Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que um em cada quatro desempregados está procurando trabalho há pelo menos dois anos. Sem uma chance no mercado formal, muita gente parte para a informalidade. Ainda segundo o IBGE, 19,4 milhões de pessoas trabalham por conta própria sem CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). Mais de 11 milhões de empregados estão sem carteira assinada. Caco Bragheroli, diretor de cursos do Serviço de Ação Social e Projetos Especiais de Suzano, explica que os cursos rápidos do Saspe atraem muitos desempregados que querem ganhar a vida por conta própria. "É um trabalho que a pessoa pode executar na sua própria casa. Ela faz um curso de gastronomia usando o seu fogão doméstico mesmo e ela pode produzir várias coisas para vender. Costura também, uma máquina de costura em casa e ela produz vários produtos", explica Bragueroli. Esse é o caso da professora de artesanato Neuza Ferreira do Carmo. Hoje ela é contrata pela Prefeitura de Suzano, mas há alguns anos, quando ficou desempregada, procurou o curso no Saspe. "Em 95 eu fiquei desempregada, fui mandada embora e meu marido estava desempregado também. Eu vim e aprendi tudo aqui e estou passando para outras pessoas", conta do Carmo. Cursos rápidos do Saspe podem ajudar desempregados que querem ganhar a vida por conta própria Reprodução/TV Diário O artesanato também foi a saída encontrada pela Nathália Camanho Steola para não ficar parada enquanto não conseguia um outro emprego. Farmacêutica por formação, ela só não imaginava que a informalidade daria tão certo. Hoje artesã, Nathalia começou vendendo algumas peças no fundo de casa e aos poucos foi ganhando espaço. Agora, além dos cursos, ela tem uma loja para atender as alunas. O próximo passo é a formalização e ela não cogita voltar para a sua área de formação. "Hoje a minha área é o artesanato. Gosto muito de ser farmacêutica, mas hoje a parte de artesã me proporciona muita coisa boa. Tanto realizar sonho das minhas alunas, gerar renda, do pouco que eu faço, elas podem ir multiplicando e aí sim elas vão conseguindo trazer felicidade para outras pessoas também", conta Steola. Segundo o Sebrae, é comum começar negócios de maneira informal. Mas a recomendação é sempre se formalizar, o jeito mais simples é se tornando um microempreendedor individual com custo de R$ 50 por mês. Quem é MEI tem acesso mais fácil a vários direitos como financiamentos, por exemplo, além dos benefícios previdenciários. O programa já ajudou mais de dois milhões de pessoas a entrarem para o mercado formal só no Estado de São Paulo. Mais informações sobre os cursos do Saspe no site da Prefeitura de Suzano.
Profissionais desempregados do Alto Tietê recorrem ao mercado informal
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setembro 04, 2019
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