Quem um dia já foi medalhista podia se candidatar a uma bolsa de R$ 400 ao ingressar no ensino superior. Foi com esse dinheiro que os únicos três médicos de Cocal do Alves (PI) bancaram seus estudos. Medalhistas da Olimpíada de Matemática temem futuro dos estudos com corte da bolsa O governo não tem dinheiro para pagar estudantes que dependem de bolsas para continuar os estudos. A falta de verba vai interromper desde pesquisas de ponta até projetos que mantêm adolescentes em sala de aula, em pleno ano letivo. O Fantástico foi ao interior do Piauí ver de perto o impacto dessa notícia em uma cidade onde o sonho é ser professor de matemática. Os medalhistas da Olimpíada de Matemática recebem uma bolsa de R$ 100 por mês, durante um ano. A Olimpíada é organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e envolve escolas públicas em quase todo o país. Todo ano são distribuídas seis mil bolsas de R$ 100 aos medalhistas. Esse prêmio é custeado pelo CNPQ, a principal agência do país de fomento à pesquisa. Em Cocal dos Alves, estudantes têm aulas extras de matemática no sábado, das 8h às 17h. Um investimento que já trouxe mais de 150 medalhas para uma escola pública da região. “É a maneira que nós temos de trazer conteúdos que não estão no currículo escolar, mas que no entanto nós consideramos importantes. No fundo, no fundo, o maior interesse deles é conseguir chegar a universidade”, conta o professor Amaral. Quem um dia já foi medalhista podia se candidatar a uma bolsa de R$ 400 ao ingressar no ensino superior. Foi com esse dinheiro que os únicos três médicos da cidade bancaram seus estudos. O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse que só tem dinheiro para pagar bolsas do CNPQ até o fim desta semana. A suspensão envolve todas as bolsas de pesquisa, em graduação, pós-graduação e outras, como a da Olimpíada de Matemática.
Medalhistas da Olimpíada de Matemática temem futuro dos estudos com corte da bolsa
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setembro 01, 2019
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