Justiça suspende ação contra réu por morte de gerente de banco em Anta Gorda


Por falta de provas, Câmara Criminal do TJ concedeu habeas corpus pedido pela defesa de Carlos Alberto Weber Patussi, apontado pela Polícia e pelo MP como autor do assassinato de Jacir Potrich, em novembro do ano passado. Promotoria estuda recurso. Jacir Potrich desapareceu em 13 de novembro de 2018. Seu vizinho foi apontado como autor do crime, mas teve o processo extinto Arquivo pessoal Por determinação da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a ação que tramitava contra o dentista Carlos Alberto Weber Patussi pela morte do gerente bancário Jacir Potrich foi extinta, em decisão de quarta-feira (28), assinada por três desembargadores estaduais. O Ministério Público do RS, autor da denúncia que originou o processo, informou que a Procuradoria Criminal estuda qual medida tomar. Potrich desapareceu em novembro do ano passado, em Anta Gorda, no Vale do Taquari. Ele nunca foi encontrado. Para a Polícia Civil, Potrich foi vítima de homicídio duplamente qualificado – por motivo fútil e sem chances de defesa à vítima – cometido por Patussi, que era seu vizinho. O MP formulou a denúncia também por homicídio qualificado, mas adicionou uma qualificadora, a de asfixia. Patussi ainda respondia por ocultação de cadáver. Os magistrados entenderam que não há justa causa, ou seja, provas que sustentem a acusação. "Não havia razões para ele ser responsabilizado", diz o advogado do dentista, Paulo Olímpio Gomes de Souza. Entre os motivos apontados pela defesa, e acolhidos pela Câmara Criminal, está o fato de o corpo nunca ter sido encontrado. "Os elementos probatórios coligidos não põem à mostra indícios de autoria que minimamente autorizem a continuidade da persecução penal em juízo", observa em seu voto o desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto, relator do caso na Câmara. Imagens mostram suspeito de matar gerente de Anta Gorda mexendo em câmeras de segurança O magistrado cita ainda as imagens divulgadas pela Polícia Civil, mostrando Patussi movendo as câmeras de segurança do condomínio onde ele e Patussi residiam, apontadas como um dos elementos da acusação. Para o relator, no entanto, não são suficientes para provar a atuação do dentista no caso. "Como visto, relativamente ao crime de homicídio, a existência de suposto motivo (rompimento de contrato de locação), e o fato de ter o acusado, no dia do desaparecimento do ofendido, manuseado as câmeras de segurança, considerados isoladamente ou em conjunto, mostram-se frágeis, dizendo-se o menos, para que se considere a possibilidade de ser o paciente o autor do delito", cita. Relembre o caso Jacir Potrich foi visto pela última vez em 13 de novembro. Naquele dia, o bancário teve uma rotina normal, trabalhou até as 15h, foi para casa e, mais tarde, saiu para pescar no açude. A pescaria era um costume que Potrich praticava com frequência. No fim da tarde, ele limpou e guardou os peixes. Depois disso, não foi mais visto. Dois dias após o desaparecimento, bombeiros esvaziaram um açude, localizado a cerca de 30 metros do residencial, na tentativa de achar alguma informação sobre o paradeiro do gerente, mas nada foi encontrado na época. Há 25 anos, Potrich era gerente bancário na unidade do Sicredi que fica na cidade situada a 184 km de Porto Alegre. Patussi foi indiciado e denunciado pelo crime. Chegou a ser preso, mas obteve habeas corpus uma semana depois.

Justiça suspende ação contra réu por morte de gerente de banco em Anta Gorda Justiça suspende ação contra réu por morte de gerente de banco em Anta Gorda Analisado por Blog em agosto 29, 2019 Classificação: 5

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